domingo, 24 de maio de 2009

Administração de crise de Imagem

[...] a imagem de uma organização não depende apenas das comunicações e comportamentos produzidos pela empresa e emanados dela: ela é também afetada por outras influências, em que exercem papel importante as percepções que têm outros públicos dependentes e influenciados pela empresa e os elementos a sua volta (Las Casas, 2001).


O que é administrar? De acordo com Jules Henri Fayol
[1], administrar significa planejar, organizar, dirigir e controlar toda e qualquer atividade dentro de uma empresa ou fora dela. Por que partir deste conceito para falar sobre administração de crise de imagem? Porque através deste conceito de administração, podemos perceber que para um indivíduo solucionar alguns problemas que venham existir em uma instituição, será preciso seguir estes princípios básicos, que funcionam não só em organizações, como também, para muitas coisas na vida do homem.

De acordo com Francisco Viana, autor do livro De cara com a mídia, Comunicação corporativa, relacionamento e cidadania, até a década de 1950, as empresas no Brasil, não se preocupavam com os acontecimentos que pudessem prejudicar a sua imagem, já os americanos e europeus, antes de saber o que significava direito do consumidor, buscavam qualidade e segurança nos produtos que fabricavam, com isso, começaram a adquirir credibilidade, uma das “armas” fundamentais, para que em tempos de crise, a organização tivesse algum prestígio perante a sociedade.

Em uma instituição em tempo de crise, além da credibilidade para garantir um dano menor na imagem da mesma, é preciso também, que ela tenha um bom diálogo e um ótimo relacionamento com a opinião pública. Isso porque, a organização que se mostra preocupada com a sociedade, mantém-se sempre informada sobre ela e tem um relacionamento estável com a mídia, e com isso, poderá adquirir uma imagem forte que favorecerá em muitos momentos de tensão. Um exemplo de empresa que agora está conseguindo superar muito bem suas crises aqui no Brasil, é a Petrobras, que procurou e permanece buscando estar sempre envolvida com o que acontece na sociedade, cultivando o bom relacionamento dentro e fora dela.

No entanto, um bom relacionamento com a opinião pública, não se adquire de uma hora para outra, e todo cuidado é pouco. Cuidados estes, que muitas empresas americanas, européias e brasileiras como a Petrobras, tem tomado, através de investimentos em estratégias comunicacionais. Investir em comunicação significa hoje, ganhar mercado, prevenir uma situação de crise que represente tanto risco para a empresa quanto para a sociedade, ou seja, é estar sempre preparado para a resolução dos problemas que venham surgir. Pois, muitos acontecimentos são imprevisíveis, assim como as crises. Saber conduzir uma crise numa instituição, que na maioria das vezes é avassaladora, torna-se indispensável ao seu porta-voz
[2], discernimento na sua atuação e compromisso.

Contudo, manter uma empresa preparada para uma crise requer muita organização, cautela e é também, preciso investir em ações bem planejadas como: ações estratégicas
[3], ações técnicas[4] e ações de comunicação[5] (Viana, p. 185-187), e para isso, as pessoas que estiverem à frente deste processo, devem estar sempre prontas e capacitadas, para em momento de crise, saber agir na hora adequada e com racionalidade, prevenindo prejuízos à imagem da corporação e conseqüentemente adquirir credibilidade perante a sociedade.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/rev_fae_v8_n1/rev_fae_v8_n1_02.pdf acessado em 25.04.2009 às 17h33min.

VIANA, Francisco. De cara com a mídia: Comunicação corporativa, relacionamento e cidadania. São Paulo: Negócio Editora, 2001. p. 165-187.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Henri_Fayol acessado em 25.04.2009 às 16h37min.

Nota de rodapé
[1] Um dos principais contribuintes para o desenvolvimento do conhecimento administrativo moderno.
[2] Alguém escolhido (a) pela empresa para representá-la em momentos críticos. Alguém capacitado, conhecedor das questões técnicas da empresa e que sabe transmitir e conhece todas ou quase todas as informações da instituição.
[3] Organização de um Comitê de crise com funções bem definidas e pessoas de todas as áreas.
[4] Avaliar a situação da crise, organizar equipes, treinar porta-vozes, etc.
[5] Manter sempre o público interno e externo informado sobre tudo o que está acontecendo na instituição para demonstrar transparência nas atitudes da empresa e consolidar sua credibilidade no mercado.

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