sábado, 10 de maio de 2008

Cotas raciais: perspectiva de igualdade

As diferenças étnicas, a escolaridade e o nível econômico são fatores que contribuem para a exclusão social no Brasil, assim como o direito de muitos cidadãos conquistarem o espaço em uma universidade.
Tais fatores estão arraigados na sociedade desde o tempo da abolição da escravatura, onde os homens negros e pobres tornaram-se livres e as terras “escravas”. Isso porque, os grandes proprietários, tinham medo que os escravos pudessem se tornar proprietários rurais. A partir daí, começaram a surgir movimentos aos quais, pessoas menos favorecidas economicamente, exigissem condições de produzir alimentos, trabalho e escolaridade digna para seu povo.
Diante dessa situação racial, uma parte da população brasileira vem exigindo também, cotas raciais nas universidades, para a garantia de inclusão e igualdade no âmbito acadêmico e social. Considerando que a cota será um caminho viável à inclusão dos afro-descendentes e dos menos favorecidos economicamente, já que através dos próprios esforços, muitos não conseguem competir a uma vaga nas universidades com os grupos privilegiados.
O assunto sobre as cotas raciais tem sido bastante discutido por intelectuais das universidades e pelo Estado. Mas esse assunto também merece uma atenção maior pelas universidades, que acabam por excluir os menos favorecidos de seus campos, através do vestibular, exame ao qual determina quem estará preparado para ingressar na esfera acadêmica.
O vestibular é tido pelas universidades, como um critério justo para a definição de quem ingressa na mesma. Só que estão esquecendo, da situação em que se encontra o ensino público do Brasil. Onde de 2002 para 2007, foi constatada pelo Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM), uma decadência espantosa na educação do país, causando o aumento da exclusão dos pobres e negros nas universidades.
Os projetos de lei de cotas a princípio, só atende as necessidades emergenciais para a solução do problema de exclusão e não da desigualdade social. As cotas raciais melhoram a situação dos afros descendentes, mas causam polêmica quando determina quem é e quem não é negro na sociedade.
Dessa forma, cabe ao Estado, a implantação de projetos consistentes que visem à implantação de cotas para os menos favorecidos economicamente e não raciais. Visando também, a melhoria do ensino nas escolas públicas do país e inserção dos menos favorecidos no mercado de trabalho, para a manutenção de suas crianças nas escolas, gerando assim, uma sociedade mais democrática e justa.

Polícia técnica: para que?

Todos os anos, milhares de casos de assassinatos, parecidos com o da menina Isabella acontecem no Brasil. Muitas vezes, os assassinos são julgados, ficando encarcerados três a quatro anos, e são soltos para recomeçar uma nova vida. Isso quando são realmente presos, pois, com a desculpa de ter um diploma de nível superior, homicidas de todos os níveis permanecem a ameaçar a nação.
Desde que me entendo por gente, e conheci a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprendi que as entidades humanitárias devem atuar na defesa de diferentes segmentos da população. No entanto, não é isso o que ocorre. Quando o assunto passa para o lado mais alto, ou o caso é solucionado rapidamente, por o assassino ser sem influência social, ou dificilmente o caso é solucionado, devido à pessoa acusada pelo crime, pertencer a uma classe social exclusivista. O povo brasileiro que o diga. Já se passaram trinta dias, com todas as provas em evidencia (?), e nada de prender os verdadeiros assassinos da menina Isabella.
Os dias estão passando, novas contradições são apresentadas, e os acusados (?) passeando de um lado para o outro pelas ruas de São Paulo. Isabella, assim como outras crianças vítimas de pessoas insanas, está morta, a vida para ela acabou, o mundo de sonhos foi enterrado junto com ela. E a justiça? Cadê a justiça? Vai ocultar, mais uma vez esse caso?
A população, assim como as mães dessas crianças chacinadas, está à espera de solução. A polêmica está no mais variado veículo de comunicação, mas sempre uma pessoa indaga: se fosse uma pessoa desfavorecida economicamente, não daria tanta repercussão. O assassino estaria aprisionado, pagando pelas conseqüências, ou estaria morto pela justiça das próprias mãos do povo. Pois, com os menos favorecidos é isso que ocorre. Quando acontece um crime nas periferias que o autor é descoberto, não tem advogado e nem perícia técnica que o tire da prisão. Mas, quando é um favorecido economicamente, aparecem de todos os lados várias contradições nas provas do assassinato.
Para que serve a Declaração Universal dos Direitos Humanos? Onde andam essas tais entidades, que atuam na defesa de diferentes seguimentos da população? Deixa pra lá! Nem mesmo a metade da população brasileira reconhece seus direitos, e nem mesmo sabem que existem entidades responsáveis pela sua defesa.
Acorda meu povo. Será que não merecemos igualdade social para todos? Vejam só, até para solucionar um assassinato, o que vale não é a vida das pessoas, e sim, a situação econômica do acusado em questão. Pois, quantos e quantos assassinatos acontecem por dia, e não vemos e nem ouvimos falar em polícia técnica? Claro, se é para resolver a questão do mais valia, arranja-se todos os tipos de tecnologias possíveis e deixa o processo rolar. Afinal, como diz a comediante do programa Zorra Total da Rede Globo: Eles estão pagando! Então, para que polícia técnica e tantas tecnologias, se infelizmente o caso não vai dar em nada?

LEGALIZAÇÃO DO ABORTO É SOLUÇÃO?

O governo federal e uma parcela dos atuais parlamentares do Congresso Nacional querem legalizar o aborto, na tentativa de evitar os clandestinos, como também proteger a vida da mãe. Esse empenho do Estado pela legalização tem causado polêmica em todo país.
A maioria das religiões brasileiras é contra o aborto em qualquer circunstância, pois, elas concordam que é a partir da fecundação a iniciação da vida humana. Em qualquer estágio de desenvolvimento em que o feto se encontre, significa tirar vida inocente, por isso representantes de variadas religiões mantêm-se unidos na luta contra a legalização, na tentativa de cultivar respeito à vida.
Com a legalização dessa atrocidade, o país abrirá espaço para a realização de genocídio, ou seja, será uma forma de eliminar a classe economicamente menos favorecida (os pobres), gerando, assim, uma população ativa cada vez menor para sustentar os inativos, já que a estimativa de vida cresceu para 74 anos no Brasil, de acordo com o IBGE.
Segundo especialistas em saúde publica ouvidos por A NOTÍCIA (jornal fictício de uma disciplina na faculdade), não adiantaria nada a legalização do aborto, uma vez que na Índia ele é legalizado há 25 anos e por cada aborto legal faz-se dez clandestinos, devido à falta de informação as mulheres menos favorecidas economicamente.
Como descreve o artigo 5º da própria Constituição Brasileira, cabe nesta circunstância ao Estado e à sociedade criar as condições de garantir a inviolabilidade da vida do nascituro, respeitando o valor a mulher e a existência humana, afinal o aborto no Brasil ainda é crime, sendo legalmente consentido em apenas dois casos: de estupro e de risco de morte materna.
A solução para o aborto clandestino não está na legalização, e sim, na prevenção, na educação e na informação correta. Precisa-se de mais investimentos no programa de planejamento familiar, assim como atendimento médico e psicológico adequados pelo Estado a todas as mulheres vítimas de estupro ou que chegaram a uma gravidez indesejada. Pois, é na orientação à população que são minimizadas as catástrofes existentes numa sociedade faminta de respeito e de liberdade ao direito a vida.

Economia brasileira: uma incógnita permanente

Inflação, juros, PIB, SELIC são termos que fazem parte do nosso dia a dia, mas desconhecidos por milhões de brasileiros participantes efetivos da economia do país. Desde o surgimento desses assuntos econômicos, a população brasileira padece da insuficiência de informações que venham elucidá-la.
Alguns autores de livros que falam sobre o jornalismo econômico, chegam até a relatar, que há uma falta de interesse dos jornalistas em apurar detalhadamente os assuntos ligados à economia. Mas sentimos que na maioria das vezes, o que carece não é só interesse, é participação ativa de todos, até mesmo do próprio presidente.
Após ter sido questionado em Haia sobre o transtorno que o aumento da inflação poderia causar sobre os juros, o presidente Lula falou para vários veículos de comunicação, que não iria “dar nenhum palpite” sobre o acontecimento, dizendo ainda, que isso não é responsabilidade dele. Se não é responsabilidade dele, elucidar a sociedade sobre a economia do país, de quem será então?
Os repórteres brasileiros pediram para Lula em rede nacional, algumas explicações. Ele apenas respondeu que não teria nada a esclarecer. Só falou no economês, termos desconhecidos pela maioria dos indivíduos, que não seria a redução de 0,25% e outros “centos” mais, que iriam transtornar a economia da nação.
Mais uma vez, diante de toda rede nacional, ficamos a mercê de esclarecimentos inadequados sobre “nossa” economia. Como se já não bastasse, ao questionarmos sobre a alta dos juros, dúvida de muitos participantes ativos da economia do Brasil, fomos chamados de loucos pelo próprio presidente, indivíduo que elegemos e confiamos à “casa da gente”.
Chega de repetir a mesma história. Já que não está sendo possível mudar a situação econômica do país, então como cidadão, quero ter o direito a informação adequada sobre as taxas de juros, para quando pegar um empréstimo no banco, saber ao menos quanto irei pagar dessa tal taxa revoltante, a chamada spread bancário, que significa sei lá o que e vale sei lá quanto.

Rádio Educadora FM