As diferenças étnicas, a escolaridade e o nível econômico são fatores que contribuem para a exclusão social no Brasil, assim como o direito de muitos cidadãos conquistarem o espaço em uma universidade.
Tais fatores estão arraigados na sociedade desde o tempo da abolição da escravatura, onde os homens negros e pobres tornaram-se livres e as terras “escravas”. Isso porque, os grandes proprietários, tinham medo que os escravos pudessem se tornar proprietários rurais. A partir daí, começaram a surgir movimentos aos quais, pessoas menos favorecidas economicamente, exigissem condições de produzir alimentos, trabalho e escolaridade digna para seu povo.
Diante dessa situação racial, uma parte da população brasileira vem exigindo também, cotas raciais nas universidades, para a garantia de inclusão e igualdade no âmbito acadêmico e social. Considerando que a cota será um caminho viável à inclusão dos afro-descendentes e dos menos favorecidos economicamente, já que através dos próprios esforços, muitos não conseguem competir a uma vaga nas universidades com os grupos privilegiados.
O assunto sobre as cotas raciais tem sido bastante discutido por intelectuais das universidades e pelo Estado. Mas esse assunto também merece uma atenção maior pelas universidades, que acabam por excluir os menos favorecidos de seus campos, através do vestibular, exame ao qual determina quem estará preparado para ingressar na esfera acadêmica.
O vestibular é tido pelas universidades, como um critério justo para a definição de quem ingressa na mesma. Só que estão esquecendo, da situação em que se encontra o ensino público do Brasil. Onde de 2002 para 2007, foi constatada pelo Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM), uma decadência espantosa na educação do país, causando o aumento da exclusão dos pobres e negros nas universidades.
Os projetos de lei de cotas a princípio, só atende as necessidades emergenciais para a solução do problema de exclusão e não da desigualdade social. As cotas raciais melhoram a situação dos afros descendentes, mas causam polêmica quando determina quem é e quem não é negro na sociedade.
Dessa forma, cabe ao Estado, a implantação de projetos consistentes que visem à implantação de cotas para os menos favorecidos economicamente e não raciais. Visando também, a melhoria do ensino nas escolas públicas do país e inserção dos menos favorecidos no mercado de trabalho, para a manutenção de suas crianças nas escolas, gerando assim, uma sociedade mais democrática e justa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário