Su Mendonça
Em Salvador, cidade afro-descendente, bonecas negras não tem espaço.
Salvador é a capital brasileira que tem a maior população de afro-descendentes, entretanto, comprar uma boneca negra nas lojas de brinquedos, é uma tarefa que requer muita persistência. Além disso, o consumidor se depara com pouca variedade, e uma das principais reclamações, diz respeito ao estereótipo das bonecas. Para Lidiane Santos, 22, manicure, as bonecas negras vendidas, são feias.
Movimentos negros na região Nordeste tentam de várias maneiras aumentar a quantidade de bonecas negras nas lojas da capital, mas os lojistas continuam resistentes pela pouca procura e falta de interesse pelo produto.
De acordo com os gerentes de algumas lojas de brinquedo de Salvador, esse tipo de comércio não está satisfatório, pois, a maioria das crianças já chega procurando as bonecas de cor branca que fazem o estilo estadunidense, gerando, assim, prejuízo nas lojas que disponibilizam as bonecas negras. Segundo o gerente das lojas Americanas do Center Lapa, José Rocha, “as crianças já chegam às lojas procurando as bonecas brancas que estão no auge”.
Alguns pais entrevistados acham um absurdo a falta de divulgação das bonecas negras na mídia, e dos comerciantes em colocar mais bonecas desse tipo no mercado. Roseli Firmino, 41, enfermeira, disse que sua filha adora e muitas vezes não compra por não existir propagandas de lojas que tenham esse tipo de produto. “Essa deve ser uma forma de ratificar o racismo”, diz Roseli. “Minha filha nunca me pediu pra comprar uma boneca negra para ela, também nunca incentivei, pois, toda vez que chegava ao mercado, eu encontrava mais bonecas negras feias, tipo a nega maluca,” fala Ana Borges, 39, enfermeira.
Segundo a psicóloga Martha Leal, a maneira como as crianças chegam às lojas, escolhendo as bonecas brancas, é devido ao incentivo tanto da mídia, quanto da criação dos pais. “Os pais devem instruir as crianças com uma visão mais humanitária, ensinando-as a valorizar as pessoas pelo o que ela é independente da raça. Porém existe a questão do comércio, que não investe neste tipo de produto por não existir uma grande demanda, pois, a maioria do público interessado não tem condições financeiras para comprar as bonecas, que são muito caras”, afirma Leal.
Em Salvador, cidade afro-descendente, bonecas negras não tem espaço.
Salvador é a capital brasileira que tem a maior população de afro-descendentes, entretanto, comprar uma boneca negra nas lojas de brinquedos, é uma tarefa que requer muita persistência. Além disso, o consumidor se depara com pouca variedade, e uma das principais reclamações, diz respeito ao estereótipo das bonecas. Para Lidiane Santos, 22, manicure, as bonecas negras vendidas, são feias.
Movimentos negros na região Nordeste tentam de várias maneiras aumentar a quantidade de bonecas negras nas lojas da capital, mas os lojistas continuam resistentes pela pouca procura e falta de interesse pelo produto.
De acordo com os gerentes de algumas lojas de brinquedo de Salvador, esse tipo de comércio não está satisfatório, pois, a maioria das crianças já chega procurando as bonecas de cor branca que fazem o estilo estadunidense, gerando, assim, prejuízo nas lojas que disponibilizam as bonecas negras. Segundo o gerente das lojas Americanas do Center Lapa, José Rocha, “as crianças já chegam às lojas procurando as bonecas brancas que estão no auge”.
Alguns pais entrevistados acham um absurdo a falta de divulgação das bonecas negras na mídia, e dos comerciantes em colocar mais bonecas desse tipo no mercado. Roseli Firmino, 41, enfermeira, disse que sua filha adora e muitas vezes não compra por não existir propagandas de lojas que tenham esse tipo de produto. “Essa deve ser uma forma de ratificar o racismo”, diz Roseli. “Minha filha nunca me pediu pra comprar uma boneca negra para ela, também nunca incentivei, pois, toda vez que chegava ao mercado, eu encontrava mais bonecas negras feias, tipo a nega maluca,” fala Ana Borges, 39, enfermeira.
Segundo a psicóloga Martha Leal, a maneira como as crianças chegam às lojas, escolhendo as bonecas brancas, é devido ao incentivo tanto da mídia, quanto da criação dos pais. “Os pais devem instruir as crianças com uma visão mais humanitária, ensinando-as a valorizar as pessoas pelo o que ela é independente da raça. Porém existe a questão do comércio, que não investe neste tipo de produto por não existir uma grande demanda, pois, a maioria do público interessado não tem condições financeiras para comprar as bonecas, que são muito caras”, afirma Leal.
Um comentário:
ORGULHO DO TIO!!! AMEI AS SUAS MATÉRIAS, CONTINUE ASSIM E SERÁ A MELHOR JORNALISTA DO BRASIL. BEIJÃO!!! KIKO
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